Os relatos de ameaças e agressões a jornalistas se multiplicam por todo país e mesmo assim, profissionais da imprensa seguem trabalhando para informar a população. A pandemia somada a polarização política fez com que os jornalistas se tornassem alvo de grupos mais radicais. Um seminário promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo e pela Embaixada dos Estados Unidos discutiu a liberdade de imprensa durante a pandemia.
As entidades entendem que a imprensa hoje vive uma situação de estresse semelhante a cobertura de uma guerra. A declaração foi dada pela correspondente de guerra Judith Matloff, que afirmou que jornalistas vivem uma situação sem precedentes, lidando com mortes, se expondo ao coronavírus e sendo alvos constantes de ataques de chefes de poderes constituídos.
O jornalista e âncora do Jornal da CBN, Roberto Nonato, defende o papel da imprensa em momentos de crise, como o atual. Segundo ele, neste cenário é a imprensa que faz chegar à sociedade as informações apuradas e precisas, no meio de tanta fake news. “O que a gente tem é um papel fundamental do jornalismo. E por quê? Porque num período de pandemia, nos períodos de crises, e ainda mais com as novas tecnologias que nós temos hoje em dia, prolifera desinformação. Prolifera aquilo que não é checado, aquilo que se chama de fake news. Então o jornalismo tem um papel fundamental neste cenário que é exatamente o de informar as pessoas, de fazer com que a sociedade tenha informações precisas”, afirma. Recentemente no Brasil, foram vários casos de jornalistas agredidos enquanto executavam seu trabalho.
