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Violência contra animais cresce na quarentena

O isolamento social fez com que alguns indicadores de violência registrassem crescimento, principalmente no período em que vigora a quarentena. Nas delegacias, os registros de agressões contra mulheres e crianças aumentaram, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. O novo cenário desenhado pela quarentena tem sido motivo de alerta para o aumento da violência doméstica, aquela praticada no núcleo familiar contra mulheres, idosos, crianças e adolescentes e pessoas com deficiência. E os números assustam. Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, entre 1º de março e 18 de maio, houve crescimento nas denúncias de violência a grupos vulneráveis. O registro foi de 12,1 mil casos no País só neste período, sendo São Paulo o Estado com maior concentração, 3,4 mil.

Outro crime que também chama a atenção diz respeito aos maus tratos contra os animais domésticos, como cães, gatos e outras espécies de estimação. De acordo com a médica veterinária do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo, Tália Tremori, todos esses números têm relação. Segundo ela, isso se justifica pela chamada Teoria do Elo, onde todos os indivíduos vulneráveis, como mulheres, idosos, crianças e até mesmo os animais domésticos estão em risco. “Existe uma teoria, que se chama Teoria do Elo, também conhecida como Teoria do Link, que diz que, quando nós temos populações vulneráveis e uma delas está em perigo, isso pode ser levado e afetar outras populações. E quais são as populações vulneráveis? Seria a mulher no âmbito doméstico, além de idosos, crianças e os animais”, explica.

Em relação às ocorrências de crimes contra cães, gatos e outros animais, o aumento de casos de maus tratos foi superior a 10%. Na Delegacia Eletrônica de Proteção Animal de São Paulo, o número de denúncias passou de 4.108 no início de 2019 para 4.524 no mesmo período deste ano.

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