O governador de São Paulo, João Dória (PSDB) anunciou nesta quarta-feira a volta gradual das aulas presenciais a partir de 8 de setembro. A previsão faz parte do Plano São Paulo de reabertura gradual das atividades, mas pode ser adiada. A decisão é válida para escolas municipais, estaduais e particulares, desde o ensino infantil até as universidades. Na próxima quinta, dia 2 de julho, o decreto será publicado.
As instituições de ensino devem seguir protocolos de saúde, higiene e distanciamento social para a retomada das aulas. Na primeira etapa, 35% dos alunos poderão frequentar a sala de aula. Desta forma, os estudantes devem participar de um revezamento. Segundo o governador, o Estado segue o exemplo de países que já voltaram com as atividades presenciais e o planejamento foi antecipado.
O secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares, não esteve presencialmente na entrevista coletiva do governador porque se recupera em isolamento domiciliar da covid-19. Via internet, o secretário anunciou as medidas, divididas por etapas e reafirma que a volta depende da chegada à fase amarela da pandemia.
Nem todos os alunos vão voltar ao mesmo tempo. Para evitar aglomerações, parte dos estudantes continua assistindo às aulas pela televisão ou aplicativo de celular e computador. Para quem estiver presencialmente, todos devem usar máscara dentro da escola. O equipamento será fornecido pelo Governo do Estado.
A volta às aulas depende das condições de saúde de cada região a partir da fase 3 da pandemia do novo coronavírus, o que não é o caso da região de Campinas neste momento. A medição será feita em 28 dias. Caso haja regressão para as etapas consideradas mais graves pelo Plano São Paulo, as escolas serão fechadas novamente. A reavaliação será feita a cada três semanas.
O coordenador do Comitê de Contingenciamento da Covid-19, Carlos Carvalho, afirma que a as autoridades de saúde liberaram a volta às aulas prevendo queda na curva de casos da doença.
O governo estadual atualizou os dados da covid-19 nesta quarta. São contabilizados 238.822 casos confirmados, 13.352 mortes, 64,5% de ocupação de leitos de UTI e 40.014 curados.
