Uma pesquisa do Observatório PUC-Campinas, com base nos dados da Fundação Seade, aponta que a curva de crescimento da covid-19 na Região Metropolitana de Campinas desacelerou, mas continua subindo. Os dados de 21 a 26 de junho constatam que a subida foi em ritmo menos acelerado em relação à semana retrasada, com 34,2% de novos casos e 23% nas 20 cidades.
Entre 7 e 13 do mesmo mês, as confirmações haviam subido 64% e as mortes 48%. Mas o fato é que a curva não deixou de subir. O médico infectologista André Giglio Bueno, explica que ainda é cedo para se falar em controle do novo coronavírus na região.
Outro estudo, da Unicamp, conclui que na cidade de Campinas a taxa de transmissão também vem diminuindo. O secretário municipal de Saúde, Cármino de Souza, concorda com o infectologista que a desaceleração não pode ser considerada suficiente para controlar a doença.
Os números do Observatório PUC-Campinas detectaram 1957 novos casos de covid-19 somente no município de Campinas em uma semana, que fizeram crescer 16,6% em relação à medição anterior. As mortes subiram 28,5%, com 81 óbitos entre 7 e 13 de junho.
Como as cidades da Região Metropolitana são interligadas, com fluxo de pessoas que se deslocam para trabalho e outras atividades, André Giglio Bueno chama a atenção para a alta ocupação dos leitos para tratamento da covid-19.
Nos cálculos por 100 mil habitantes, Campinas tem a pior taxa de mortalidade pelo novo coronavírus, com 24,8. Na sequência, Indaiatuba e Nova Odessa têm índices de 15 óbitos para cada 100 mil moradores.
O Departamento Regional de Saúde, órgão do Governo estadual, engloba 42 municípios na região de Campinas, que é a terceira com maior incidência no Estado em números absolutos de casos e mortes por covid-19, atrás da Grande São Paulo e Baixada Santista. O estudo não aponta o número de pacientes recuperados.
