O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quinta-feira,11, um acordo entre o Instituto Butantã e a farmacêutica Sinovac Biotech para a produção de uma vacina contra a covid-19, que deve ser disponibilizada gratuitamente no SUS no primeiro semestre de 2021. Os estudos relacionados à produção de vacina contra a ação do novo coronavírus acontecem no mundo todo e segundo o governo paulista, cerca de 10 delas apresentaram resultados muito promissores. Uma delas está no Instituto Butantã.
Nas próximas semanas, o órgão vai iniciar os testes com mil voluntários do estado de São Paulo. Se os resultados ficarem dentro dos parâmetros desejados, a farmacêutica chinesa iniciará a produção em grande escala. O governador João Doria afirmou que toda a população de São Paulo terá acesso gratuito à vacina até junho do ano que vem. “Essa é a nossa esperança e a nossa fé. É a ciência mostrando seu valor”, afirmou.
O coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19, João Gabbardo, comemorou o acordo para a produção da vacina. Segundo ele, as pessoas não devem politizar a parceria e impedir que surjam movimentos anti-vacina. “É um momento histórico pela fase que vivemos. Teremos ainda um período de convívio com a pandemia. Que nesse período, não se crie um movimento anti-vacina”, disse.
Esse período entre seis meses e um ano até a disponibilização da vacina para a população preocupa as autoridades em saúde. Segundo o infectologista do Instituto Emílio Ribas, Sergio Cimerman, é importante que os cuidados com a pandemia continuem até que as doses estejam no SUS. “A pandemia continua e os cuidados também devem continuar, principalmente em relação ao isolamento social”, afirmou.
Nesta quinta-feira, 11, São Paulo havia registrado 162.520 casos confirmados da doença e 10.145 óbitos. A taxa de leitos de UTI no estado está em 69,4% e na Grande São Paulo, em 77%.




