Educadores têm sido desafiados para avaliar alunos durante a pandemia do novo coronavírus. Com aulas e atividades a distância, aplicar provas e avaliar estudantes é um fator de estresse e insegurança, especialmente pela incerteza sobre a duração do distanciamento das salas de aula.
Para a mestre e doutora pela Universidade de Brasília, Camila Karino, é importante que os estudantes sejam avaliados além da prova, como participação e desenvolvimento, uma vez que a atividade avaliativa a distância acaba sendo um instrumento limitado.
De acordo com a especialista, o uso da tecnologia na educação não avançou no Brasil como em outros setores, o que prejudicou as adequações necessárias na pandemia. Além disso, a disparidade entre o ensino público e privado fica ainda maior quando se depende de equipamentos e acesso a internet para assistir aulas e estudar.
Sem previsão de retomada das aulas presenciais, fica difícil projetar a possibilidade de uma recuperação do tempo e conteúdo perdidos. No Brasil, ao menos 48 milhões de alunos da rede básica tiveram rotinas alteradas, e mais de 2,2 milhões de docentes enfrentam o cotidiano inédito de aulas online.
