O governo de São Paulo foi duramente criticado pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particular do Estado após o anúncio do plano de volta às aulas, que deve acontecer a partir de 08 de setembro. Válido para as escolas públicas e privadas do estado, o plano prevê aulas presenciais com no máximo 35% dos alunos de cada unidade de ensino. Deste modo, o sistema remoto continuará sendo utilizado e haverá um rodízio de estudantes nas escolas.
O sindicato disse que as unidades particulares foram surpreendidas com o anúncio e que esperavam por mais uma reunião com a secretaria de educação, para a elaboração de um plano conjunto. Segundo o presidente da entidade, Benjamin Ribeiro da Silva, a gestão do governador João Doria impôs o planejamento, sem sequer ouvir as escolas particulares, que apresentaram um protocolo ao estado, mostrando que estão prontas para o retorno imediato. “(Recebemos a informação) Com muita estranheza. Até porque esperávamos ser consultados sobre essa volta. Tivemos algumas reuniões com o secretário estadual de educação (Rossieli Soares) e antes dele ficar doente, nós tínhamos marcado uma nova reunião. E hoje recebemos esse plano, goela abaixo. As escolas particulares já estão prontas para a volta. Já temos todos os protocolos”, afirma.
No protocolo apresentado pelo sindicato, está prevista a adoção de novos procedimentos de higienização de funcionários e alunos, com a disponibilização de água e sabão e álcool gel, além da limitação de pessoas circulando no ambiente escolar e a disponibilização de ambientes abertos, arejados e sem o uso de ar-condicionado. Em Campinas, a secretaria de educação se manifestou informando que está trabalhando na elaboração de um plano para a retomada das aulas em acordo com as determinações do governo do estado.