Os bares e restaurantes já enfrentam crise desde o início da pandemia da covid-19. Com a proibição do atendimento presencial, a Abrasel, entidade responsável pelo setor, calcula 40% de redução no faturamento somente na Região Metropolitana de Campinas, causando fechamento de postos de trabalho.
A prorrogação da quarentena até o dia 14 de julho deve aumentar as incertezas dos empresários do setor e as perdas são inevitáveis. Com a região na fase laranja do Plano São Paulo, são mais três semanas trabalhando apenas com delivery e retiradas. Matheus Mason, presidente da Abrasel, relata a dificuldade dos estabelecimentos de trabalharem com alimentos que têm prazo de validade e podem aumentar ainda mais o prejuízo.
Os protocolos de segurança e saúde para a reabertura de bares e restaurantes com capacidade reduzida já estão prontos. O problema, segundo o presidente da Abrasel, é que o setor consiga colocá-los em prática sem definição de datas de reabertura.
Outra dificuldade que os bares e restaurantes serão obrigados a administrar após reabrir será o comportamento dos clientes, que terão que se adaptar para cumprir os protocolos, como conta Matheus Mason.
O Plano São Paulo prevê, na fase amarela, que estabelecimentos com locais arejados possam abrir. Antes, apenas mesas na calçada poderiam ser atendidas. Mas a nova classificação, que inclui a região de Campinas e pode permitir o funcionamento, será anunciada em três semanas e não garante o avanço para o setor de alimentação esteja autorizado a funcionar.