SP fala em intervenção nos hospitais do interior

Foto: Portal da Indústria/divulgação

Os hospitais públicos do interior de São Paulo que apresentarem alta taxa de mortalidade por covid-19 poderão sofrer intervenção do governo do estado. A medida foi anunciada pelo Centro de Contenção do Coronavírus, em coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira, 16, no Palácio dos Bandeirantes. Para fins comparativos, o governo do estado vai levar em consideração as taxas registradas pelos hospitais da Grande São Paulo.

Segundo a secretaria de saúde, a região metropolitana da capital está com uma situação mais confortável em relação à pandemia, com uma estabilização no número de casos e de mortes por covid-19. Nos últimos dias, o governo paulista tem expressado preocupação com o avanço da pandemia no interior e já emitiu alertas para algumas regiões.

O crescimento no índice de casos confirmados na Grande São Paulo hoje é de 20%. No interior, Ribeirão Preto e Piracicaba, por exemplo, registram crescimento de 38%. Já os óbitos na capital crescem 14%, enquanto em Piracicaba o índice chega a 27% e em Ribeirão Preto a 50%. Segundo o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Carlos Carvalho, o estado vai intervir nos hospitais do interior que apresentarem uma taxa de óbito maior do que a registrada nas unidades de saúde da capital. “Se percebermos que determinados hospitais públicos da região do interior estiverem com uma mortalidade maior do que estamos observando em alguns hospitais aqui da Grande São Paulo, nós podemos fazer intervenções, retreinar essas equipes ou treinar, caso elas não tenham feito isso, para podermos equalizar essas taxas em São Paulo”, garante.

Mesmo com a preocupação com o interior, a taxa de ocupação de UTI no estado de São Paulo está bem avaliada. 11 das regiões administrativas do estado estão na chamada fase verde, o que indica que há disponibilidade de leitos para a população. O secretário de desenvolvimento regional, Marco Vinholi, afirmou que a capacidade hospitalar do estado não está saturada e que até agora nenhuma pessoa ficou sem atendimento médico. “Mesmo com um crescimento dado no interior do estado, nós temos 11 regiões administrativas na fase verde, no que tange à capacidade hospitalar. Três na fase amarela e três na fase laranja. Isso significa que, mesmo com esse crescimento, a capacidade hospitalar foi fortalecida pelo governo do estado e ainda se mantém, sem deixar nenhuma pessoa sem leito de UTI no estado de São Paulo. Ninguém sem atendimento até agora e e ninguém sem atendimento até o final”, afirma.

Para ampliar essa capacidade de atendimento hospitalar, o estado entregou hoje para todas as regiões 164 respiradores. 20 deles vieram para a RMC, contemplando as cidades de Campinas, Jaguariúna, Itupeva e Valinhos. A taxa de ocupação de leitos de UTI no estado está em 70,6% nesta terça-feira. São Paulo registrou até agora 190.285 casos de covid-19 e 11.132 mortes em decorrência da doença.

Compartilhe!

Pesquisar

Mais recentes

Criança de 2 meses é encontrada morta em casa suja e insalubre em Campinas

MP se reúne em agosto com Usina São José para discutir acordo sobre mortandade em Piracicaba

Polícia Rodoviária apreende carro com mais de 220 multas por furar pedágio

PODCASTS

Fale com a gente!

WhatsApp CBN

Participe enviando sua mensagem para a CBN Campinas

Veja também

Reportar um erro

Comunique à equipe do Portal da CBN Campinas, erros de informação, de português ou técnicos encontrados neste texto.