A secretaria de saúde de São Paulo prorrogou a campanha de vacinação contra a influenza até o dia 24 de julho. O prazo venceria nesta terça-feira, 30. A medida foi tomada devido a baixa procura pela imunização dos chamados grupos de risco da doença, formado por idosos, gestantes, puérperas e crianças com idade até seis anos. A meta do estado era vacinar 90% das pessoas desse grupo, mas o índice não foi atingido.
Além disso, o estado ampliou o alcance da campanha de vacinação para todas as pessoas que ainda não foram imunizadas contra a gripe. Sobre a baixa adesão à campanha neste ano, o coordenador de controle de doenças da secretaria, Paulo Menezes, disse que a situação é compreensível, uma vez que a população se preservou e não saiu de casa por causa da pandemia do coronavírus. “Acho que é compreensível porque todos procuraram se resguardar, ficando em casa e não se expondo, indo até uma unidade básica de saúde e se vacinar”, afirmou.
A extensão da campanha de vacinação também teve relação ao enfrentamento à covid-19 no estado. Paulo Menezes afirma que a influenza também desenvolve quadros graves e exige atenção da rede hospitalar. Ele entende que com menos pessoas acometidas pela gripe sobram mais leitos para o atendimento às vítimas do coronavírus. “Importante por várias razões. A primeira é porque a influenza pode também ser uma doença grave, que pode levar a internação e a óbito. Segundo lugar porque, quanto maior a cobertura que nós conseguirmos, menor número de casos que vamos ter na população neste período de inverno, e portanto também a menor pressão e necessidade nos serviços de saúde”, disse.
As doses da vacina contra a gripe estão disponíveis em todos os postos de saúde e são aplicadas gratuitamente.
