A CBN Campinas fez um levantamento do perfil das mortes registradas em Campinas entre 28 de março, a primeira ocorrência registrada, e 30 de maio, quando a prefeitura anunciou mais quatro óbitos. Nesse período, 73 pessoas morreram vítimas de covid-19.
Os dados apontam que no mês de março foram contabilizadas cinco ocorrências, sendo quatro em hospitais privados. Em abril, com o aumento de casos, e de mortes, a situação já se inverteu. Ao todo foram 17 mortes, sendo dez na rede pública, o equivalente a 59%, e sete na particular (41%).
A disparada no número de mortes por covid-19 ocorreu em maio e, com elas, o aumento de óbitos em hospitais da rede pública. Até a data do levantamento, 51 pessoas faleceram. Desse total, 65%, o equivalente a 33 óbitos, ocorreram no SUS (Sistema Único de Saúde). Outros 16 foram na rede particular e duas mortes foram registradas nas casas dos infectados pela doença.
Quando abrangemos os meses de março, abril e maio, as mortes nos hospitais públicos de Campinas caem para 59% contra 38% na rede particular. Ainda falando do perfil das mortes, 51% foram mulheres e 49% homens. Duas pessoas que morreram, das 73, não tinham nenhuma doença pré-existente, o equivalente a 3% dos óbitos.
Com relação à faixa etária das mortes, 83% foram na faixa acima dos 60 anos. Desse total, 38% foram acima dos 80 anos, 26% de 70 a 79 anos e 19% dos 60 ao 69 anos de idade. Por outro lado, Campinas não registrou nenhuma morte na faixa do zero aos 20 anos.
Nesta segunda-feira, de acordo com dados divulgados pela prefeitura de Campinas, a taxa de ocupação geral de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no SUS Municipal era de 89% e da rede privada, 75%. No caso específico de leitos covid-19, a ocupação sobe para 92% na rede pública municipal, a do SUS estadual, de 85% e a rede particular com 76% de leitos de UTI ocupados.
