O Instituto Butantan reforçou o otimismo em relação à fase de testes da vacina do laboratório chinês Sinovac e acredita que em outubro terá capacidade para disponibilizar 60 milhões de doses do imunizante contra a covid-19. A afirmação é do diretor da instituição, Dimas Covas. A vacina está em sua terceira e última fase de testes, que envolve nove mil voluntários nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal.
Ao todo são 12 centros de pesquisas envolvidos nessa etapa do processo. São instituições como o Hospital das Clínicas, Hospital Albert Einsten e Instituto Emílio Ribas e universidades como USP, Unicamp, UNB, entre outras. Pela capacidade desses centros, o diretor do Butantan acredita que os resultados dessa fase de testes serão rápidos, o que permitirá ao instituto produzir e distribuir a vacina contra a covid-19 ainda neste ano.
Dimas Covas afirmou estar otimista com a condução do trabalho e acredita que após a comprovação de eficácia da vacina, será possível disponibilizar as doses a partir de outubro. “Porque que eu sou otimista? Porque esses 12 centros, que poderão ser ampliados de acordo com a necessidade, eles tem a missão de incluir os nove mil voluntários até setembro. Isso vai ser feito numa velocidade rápida o suficiente para permitir o aparecimento dos resultados de eficácia. Então é possível, que no começo do próximo ano, nós tenhamos sim uma vacina já em quantitativo definido, sendo 60 milhões de doses a partir de outubro e mais 60 milhões de doses no primeiro trimestre do ano que vem. Estamos falando em 120 milhões de doses”, acredita.
Para garantir o cumprimento das metas, o governo paulista se mobiliza para arrecadar recursos para o avanço da pesquisa. O acordo entre o estado de São Paulo e o laboratório chinês prevê inicialmente a produção de 60 milhões de doses da vacina. A proposta do governo é dobrar esse volume até o início do ano que vem. Para isso é preciso um investimento de R$ 130 milhões, que é buscado junto à iniciativa privada. O governador João Doria afirmou esteve numa reunião do Comitê Empresarial Econômico nesta quarta-feira,29, que contou com a presença virtual de 200 potenciais investidores. Ele afirma que já conseguiu R$ 96 milhões que serão doados ao Instituto Butantan. “A boa notícia é que essa foi a segunda reunião para esse objetivo e nós já conseguimos o compromisso para um total de R$ 96 milhões, dos R$ 130 milhões que representam a meta para dobrar a produção da vacina Coronavac no Instituto Butantan”, disse.
Além da vacina da Sinovac, a Universidade de Oxford também realiza no Brasil a terceira fase de testes da vacina, em parceria com a Fiocruz.




