Os valores da carne para os consumidores subiram durante a pandemia. Em junho, o músculo variou 16,58%, o contrafilé, 15,18%, e a alcatra, 11%. Com isso, quem vai ao açougue precisa pesquisar e comparar os preços.
Cecília Vieira é adepta da prática e por isso costuma ir a mais de um lugar. Para ela, outros produtos básicos de alimentação também encareceram.
“A carne subiu, mas tem lugar que manteve o nível de antes. Então, realmente tem que procurar, inclusive por outros alimentos. Tem que pesquisar”, diz.
A percepção de Cecília se confirma em dados destacados pela Fecomercio SP. Conforme a entidade, a alta média nos itens mais consumidos foi de 6,45%. O índice foi baseado no segmento Alimentação e Bebidas do IPCA 15, do IBGE.
Mas além da demanda, cada produto possui uma dinâmica de mercado. No caso da carne, a relação com a China e o frio podem explicar a variação. É o que diz o pesquisador do Cepea da USP, Tiago Bernardino de Carvalho.
Segundo ele, o momento atual marca a volta do interesse dos asiáticos. Só que o momento também é de baixa produtividade de carne no campo.
“A gente tem uma oferta muito baixa de animais prontos pro abate por causa do frio e da seca. Então, mesmo que a China recue, tem baixa oferta”, afirma.
O especialista do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada pondera. Na opinião dele, cortes como coxão mole e coxão duro são boas opções. Ainda que os reflexos sejam amplos, as carnes de segunda são mais baratas.