Epidemias fizeram parte da história de Campinas

Campinas completou 246 anos nesta terça-feira, enfrentando mais um período grave de saúde pública, com a pandemia do novo coronavírus. Olhando para a história da cidade, o município passou por muitas provações e muitos habitantes sucumbiram às doenças que assolaram a cidade em alguns períodos do passado. Mesmo com a atual pandemia do coronavírus e todas as consequências que a covid-19 trouxe para a saúde pública e para a economia local, os cenários mais devastadores foram provocados pela febre amarela.

A primeira epidemia foi a mais cruel e devastadora, no final do século XIX. Na época, Campinas vivenciava um progresso econômico por causa de suas plantações de café. Em 1889, a febre amarela matou milhares de pessoas em Campinas. A cidade conviveu com outras epidemias da doença, em menor escala, até a década de 30, quando a vacina se tornou uma realidade.

Outro momento trágico na história da cidade se deu em 1918, com a epidemia da gripe espanhola. Foram mais de 07 mil pessoas infectadas na cidade. Mas a mudança de hábitos da população e a adoção de políticas sanitárias mais eficazes foram fatores determinantes para diminuir o número de vítimas fatais da doença. Foram registradas 209 mortes.

O escritor, historiador e presidente da Academia Campinense de Letras, Jorge Alves de Lima, é especialista nas epidemias de febre amarela na cidade, tendo lançado três livros sobre o problema de saúde. Hoje vivenciando a pandemia do novo coronavírus, ele ressalta a resiliência do povo campineiro e acredita que a cidade vai sair mais fortalecida deste episódio. “Campinas sempre foi uma cidade muito forte, muito pujante. Um grande jornalista da época, Alfredo Pujol, fez um artigo para o jornal O Diário de Campinas, em 1890, com o título da matéria: ‘Cristo ressuscitou uma vez. Campinas ressuscitou duas vezes’. Ele quis dizer com isso, que Campinas tinha força para se recuperar e ela se recuperou”, afirmou.

Na história recente, Campinas passou também por epidemias de doenças mais leves e menos graves, como a dengue. No ano passado, por exemplo, a cidade teve a terceira maior epidemia da doença de toda a sua história. Foram 26.310 casos confirmados de dengue e cinco mortes registradas.

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