Após a cidade de Campinas registrar um aumento considerável no número de casos confirmados e de mortes por covid-19, as cidades da região metropolitana começam a apresentar um quadro semelhante. A secretaria de desenvolvimento regional demonstrou preocupação com o aumento da taxa de ocupação de leitos. A situação já era de conhecimento dos municípios, uma vez que parte deles decidiu por conta própria fechar novamente o comércio não essencial devido ao avanço da pandemia.
De todo modo, o governo paulista reforça que não há nenhuma região do estado com taxa de ocupação de leitos acima de 80%. Mais uma vez, o secretário de desenvolvimento regional, Marco Vinholi, alertou a região sobre o aumento do número de casos da doença. Neste momento ele pediu cautela aos gestores municipais. “A região de Campinas, se já tinha um aumento na sua taxa de ocupação, na cidade sede, o município de Campinas, agora tem também nos municípios da região. Portanto, um momento de alerta para a região de Campinas. Os municípios da RMC devem ter cada vez mais cautela e cuidado com o momento que nós estamos passando”, afirmou.
Os prefeitos da região já iniciaram um movimento, pedindo uma transferência de pacientes para a capital, que está num momento mais favorável. O chefe do executivo de Campinas, Jonas Donizette, chegou a sugerir a utilização dos hospitais de campanha montados em São Paulo para auxiliar a região. O secretário de saúde de São Paulo, José Henrique Germann, disse que esta questão tem que ser tratada com cautela e que a regulação de pacientes passa necessariamente pelo crivo da Cros. Ele disse que ainda não houve necessidade de transferência de pacientes vindos de Campinas, mas que a capital já recebeu pessoas em tratamentos vindas de outras regiões do interior. “Campinas, por exemplo, que é uma região que está com um forte número de casos, não teve necessidade de transferir pacientes para São Paulo. Durante o mês de abril, quando nós estávamos invertidos nessa situação, nós chegamos a enviar 15 pacientes da capital para o interior. Agora, do interior para São Paulo, eu não tenho os números aqui agora, é um índice maior do que os pacientes que saíram da capital”, explicou.
O governo paulista demonstrou ainda preocupação com 57 municípios do estado, que têm taxa de mortalidade acima dos 10%. O estado informou que vai ampliar a testagem nesses municípios. Na região, somente Elias Fausto integra este grupo mais crítico, em relação à taxa de mortalidade. Até agora, o município registrou 40 casos da doença, com quatro mortes, o que representa uma taxa de 10%. Outras cidades próximas a Campinas que integram o grupo são Jarinu, com taxa de mortalidade de 13,9% e Socorro, com 10,8%. Campinas tem uma taxa de 3,9%.
