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Pandemia potencializa desemprego na RMC

De acordo com análise do Observatório PUC-Campinas, elaborada com base nos dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério da Economia, mais de 32 mil empregos foram fechados na região metropolitana no período entre janeiro e maio deste ano. O desemprego foi potencializado com a pandemia do novo coronavírus.

Com o resultado, a RMC superou em apenas cinco meses, a queda de emprego registrada em todo o ano de 2016. O número de empregos perdidos corresponde a 80% dos postos de trabalho fechados em 2015, ano que detinha os piores índices na série histórica da evolução do emprego na região. Do total de empregos perdidos neste ano, 37% foram registrados no comércio, que desligou cerca de 11 mil trabalhadores. Em segundo lugar da lista, a indústria de transformação, que eliminou 6,6 mil vagas após uma série de ajustes nas estruturas de emprego.

Na análise do Observatório PUC-Campinas, as demissões concretizadas em 2020, afetaram principalmente os trabalhadores de nível médio, com idade entre 30 e 39 anos. O impacto nessa faixa etária foi de 30%. Na sequência, com 23%, aparecem os trabalhadores com idades entre 50 e 64 anos.

De acordo com a economista Eliane Rosandiski, os números refletem a intensidade da crise que assola toda a economia brasileira. Para ela, as propostas do governo federal em socorrer as empresas são vitais neste momento, porém chegaram atrasadas. A grande preocupação é que uma expressiva parcela das pequenas e micro empresas não terão condições de retomar a produção no pós pandemia. Na opinião dela, o governo federal teria que oferecer um socorro de forma que não coloque as empresas em endividamento depois.

Para a economista Eliane Rosandiski, dentro das novas medidas adotadas pelo governo, deixar que o sistema de crédito se organize para fazer as ofertas é penalizar ainda mais os pequenos e micros. Em sua opinião, se as empresa não forem socorridas, não terão como retomar as atividades no período pós pandemia.

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