SBI quer ampliar uso de oxímetro contra covid-19

Médicos e autoridades de saúde participaram de um debate que discutiu o uso de oxímetro na luta conta a covid-19 no país. O aparelho mede a saturação de oxigênio no sangue e indica quando esses níveis estão em baixa. Uma das mais graves consequências da covid-19 é a Síndrome Respiratória Aguda Grave, responsável por grande parte dos óbitos registrados até aqui.

A iniciativa, conduzida pela Sociedade Brasileira de Infectologia, quer antecipar o atendimento médico aos pacientes propensos a desenvolver o quadro. Por isso, oxímetro se tornou uma ferramenta poderosa, já que mede o nível de oxigenação no sangue de pacientes com o coronavírus, indicando quando ele deve procurar ajuda nas unidades de saúde.

O médico infectologista e presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clóvis Arns, o paciente que tiver uma saturação menor que 94 deve procurar ajuda médica, mesmo que esteja assintomático. Ele explica que nesse tipo de caso, provavelmente haverá a necessidade de internação. “Vários pacientes, em vários municípios do Brasil, eles estão chegando tarde. Eles chegam nas UPAs, já com hipoxia grave, hipoxia crítica e tem que ir para a UTI. Nós chamamos de hipoxia, a ponto de precisar ir para o hospital, quando a saturação do oxigênio está menor ou igual a 93. Então, no nosso protocolo da SBI, nós colocamos que todo paciente que tem saturação a partir de 93 ou 94, tem que passar por uma avaliação médica, porque provavelmente este paciente vai precisar ser internado”, afirma.

O secretário de saúde de Campinas, Carmino de Souza, lembra que no início da pandemia a orientação das autoridades era para as pessoas buscarem socorro médico somente quando sentissem falta de ar. Hoje, ele entende que a recomendação foi um erro e que é necessário antecipar o agravamento do quadro respiratório, com o uso de oxímetros. “No começo da epidemia no Brasil, até orientado pelo Ministério da Saúde, era um conceito da época. E nós erramos. Isso que nós estamos falando não é o conceito de dois meses atrás. O conceito de dois meses atrás faz analogia a outras causas de dispneia e só deveria ir à unidade de saúde se estivesse com dispneia e não como é hoje. Hoje estamos atrás daqueles (sintomas) que podem ter agravos importantes, com a oximetria normal, mas sem sintomas de dispneia”, explica.

As autoridades estiveram reunidas em um debate virtual, transmitido ao vivo através das redes sociais.

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