O vereadores de Campinas aprovaram, nesta quinta-feira, por 17 votos na primeira votação e 18 na segunda, dois projetos que reorganizam a estrutura do quadro de servidores da Câmara Municipal, em virtude da revogação de mais de 50 atos da Casa nos últimos 16 anos. A presidência da Câmara anulou um concurso interno realizado pela Câmara em 2004 por recomendação da própria controladoria da casa, por causa de uma série de promoções e benefícios oferecidos a um grupo de servidores do quadro suplementar, que foram questionados pelo Tribunal de Contas.
Com a revogação, os servidores voltaram aos postos de origem, necessitando acertos nos cargos, com redução nos salários. O presidente da Câmara, Marcos Bernardelli (PSDB), informou que os servidores incluídos na reorganização da estrutura entraram com um pedido de liminar para tentar anular a medida e o caso está em litígio.
Bernardelli esclarece, no entanto, que a decisão não é pessoal, nem inquisitória, mas visa apenas evitar que novos apontamentos do Tribunal de Contas voltem a questionar as prestações de contas da Câmara de Campinas. Alguns vereadores, como Luiz Henrique Cirilo, do PSDB, e Mariana Conti, do PSOL, pediram vistas e anulação da sessão por alegaram não terem tido tempo de estudar os documentos, que segundo eles, foram entregues com pouco tempo hábil para análise.
Pelo mesmo motivo, outros vereadores, como Zé Carlos, do PSB, e da bancada do PL manifestaram voto contrário ao projeto. O questionamento do Tribunal de Contas demandou uma longa investigação na Câmara visando regularizar a situação. A economia anual da Câmara de Campinas com os cortes é inicialmente estimada em até R$ 2 milhões.
