O funcionamento do comércio do centro de Campinas no primeiro dia útil do decreto da fase amarela mesclou otimismo e cautela. Ruas e avenidas da região central, assim como o calçadão da 13 de Maio, tiveram grande movimentação.
Logo após a abertura das portas, às 10h, o número maior de pedestres chamou a atenção dos proprietários de estabelecimentos. Na comparação com o começo da semana anterior, o cenário gerou boas expectativas de venda e faturamento.
Antes operando por quatro horas, a loja de roupas de Virgílio Pereira espera por recuperação com o novo período de seis horas. Apesar de reconhecer que existe medo de contágio entre o setor e os consumidores, espera resultados positivos.
“Duas horas a mais ajudam a recuperar um pouco. Inclusive, a credibilidade dos clientes. Com medo, todo mundo tá. E os clientes sumiram. Mas devagar, gradativamente, estamos aquecendo. Então, estamos contentes com isso”, diz.
O temor de Virgílio se repete na fala de outros comerciantes ouvidos pela reportagem. Com isso, o respeito ao protocolo sanitário foi amplo. E a principal regra, de limitação de 40% da capacidade, pareceu ter sido seguida à risca.
Os locais visitados não estavam lotados. Muitos, inclusive, posicionaram um funcionário nas entradas para que houvesse o controle da circulação. Máscaras são exigidas e frascos de álcool em gel são oferecidos.
Algumas lojas ainda atendiam com faixas de isolamento e bloqueios. Foi o caso da livraria de Wesley Soldéra, que colocou uma grade e um balcão na porta. A intenção é evitar a lotação e permitir a venda ali mesmo na calçada.
“Somos quatro funcionários e determinamos a entrada em até três clientes por vez, porque tem muita gente que vem só pra passear. Eu atendo pela porta mesmo, mas, caso a pessoa queira entrar, aí sim eu autorizo o acesso”, conta.
Apesar da circulação maior em relação aos primeiros dias de agosto, ainda fora da fase amarela, o movimento na primeira segunda-feira da nova etapa de flexibilização foi inferior ao registrado no final de semana do Dia dos Pais.