Campinas quer instalar barreiras acrílicas nos consultórios odontológicos da rede pública municipal para evitar os riscos de contágio pelo novo coronavírus. A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde, Carmino de Souza.
A medida depende de contratação através de licitação, mas já é estudada pelas equipes da pasta. Enquanto isso, os atendimentos de urgência e emergência continuam com a adoção dos protocolos sanitários e a utilização de EPIs.
“Isso demora, porque nós temos que licitar. Mas nós estamos fazendo esse trabalho e estamos atendendo as urgências nos centros de saúde. E as proteções precisam ser adequadas. A ideia é proteger também as cadeiras”, justifica.
A afirmação foi feita durante a transmissão do programa Café com o Prefeito, na qual Carmino alertou que a abertura de estabelecimentos por mais tempo na cidade não isenta as pessoas de adotarem ao máximo possível o isolamento.
A defesa dos cuidados contra as aglomerações também foi feita pelo prefeito Jonas Donizette, que lembrou que as limitações de ocupação dos espaços continuam. Em lojas e bares, por exemplo, é de 40%. Em academias, 30%.
“Agora que as coisas estão abrindo, as pessoas estão com a sensação que tá tudo bem. Mas não está. A gente tá reabrindo porque as pessoas precisam levar a vida delas né? Mas a sensação não é verdadeira e é necessário o alerta”, diz.
No domingo, o município confirmou oficialmente mais cinco mortes pela covid-19 e 293 pessoas recuperadas da doença. Com os óbitos, Campinas soma 956 desde o início da epidemia, em março. Já os recuperados passam de 24.248.
As confirmações de infectados, com mais 243, chegaram ao total de 26.093. Deste número, 378 estão internados e 511 estão em isolamento domiciliar. São investigados ainda 659 possíveis casos do vírus e 18 mortes na cidade.
Os testes já descartaram 46.810 suspeitas do novo coronavírus. As informações sobre as pessoas que morreram pela doença, como a idade, a data do registro e se tinham outras comorbidades, não foram divulgadas no balanço da Saúde.