Com mais de quatro meses sem funcionar regularmente, os empresários do setor de alimentação de Campinas, mesmo os que têm estabelecimentos mais segmentados, estão precisando criar estratégias para manter o mínimo da receita necessária para não fechar as portas definitivamente. São cafeterias e docerias, por exemplo, que ainda não têm autorização para receber clientes nas mesas. O delivery e o drive-thru têm resolvido muito pouco o problema. Juliana Callipo, que tem uma doceira italiana, na rua dos Alecrins, precisou se reinventar para manter o negócio aberto.
A preocupação de Juliana está com a volta dos funcionários ao horário normal, quando termina o período de redução de carga horária. A esperança, segundo ela, está na elevação de Campinas para a fase amarela. Maria Aparecida tem um Comércio de produtos derivados de milho, como pamonha, curau e bolo de milho, instalado na Rua Oswaldo Cruz, no Taquaral. Ela precisou demitir os dois funcionários da loja e ela própria passou a atender no sistema de retirada no balcão.
Também precisou contratar dois tipos de aplicativos de entrega para atender às várias regiões da cidade, reduzir produção e compra de matéria prima e negociar aluguel e demais despesas. Ela conta que não conseguiu ajuda do Governo, nem financiamento de bancos e tem se mantido graças apenas à fidelização de clientes. A expectativa é de que o enquadramento de Campinas para a fase amarela possa ocorrer no dia 10 de agosto, após a cidade ter se estabilizado durante 2 semanas na laranja, sem elevação na ocupação de leitos.