As cinco primeiras multas pela falta do uso de máscara em Campinas foram aplicadas na Lagoa do Taquaral. Apontado como exemplo negativo para adoção da medida, o espaço voltou a receber pessoas sem a proteção.
Em cerca de 30 minutos na manhã do primeiro dia da sanção, a reportagem flagrou 30 pessoas sem a peça. Do lado de fora do parque, duas delas foram questionadas, mas não quiseram gravar entrevista e se irritaram.
O descumprimento foi notado em diversos pontos da calçada usada para a prática de caminhada e corrida. Mas a Guarda Municipal se concentrou na Entrada 1 do local, onde aplicou as cinco sanções entre 7h e 8h30.
Três viaturas participaram da ação e circularam por outras portarias da lagoa. Os agentes informaram que alguns moradores se irritaram com a abordagem e que outros cobriam as vias áreas quando percebiam a fiscalização.
Entre a maioria que respeitava a obrigação, Deise Lemos e Leodi de Araújo aprovaram a regra. A primeira acredita que a multa ajuda a conscientizar a população. Já a aposentada quer um valor mais alto como punição.
“Todos precisam usar até que chegue a vacina. E quem não usa por dificuldade de respirar, vai se acostumar”, defende Deise. “Eu vou voltar a vir aqui. Lá dentro estão respeitando. Mas a multa tem que ser maior”, diz Leodi.
Quem for abordado pelos fiscais da GM e de outros órgãos municipais vai pagar R$ 100, ou doar uma cesta básica para o Fundo de Assistência Municipal. Os infratores que não pagarem o valor terão o nome protestado.
Quem consome alimentos nas ruas e costuma segurar, ou colocar a máscara no pescoço, não será multado. Essa situação foi percebida principalmente no centro da cidade, onde a utilização foi maior que no Taquaral.
Em cerca de 30 minutos percorrendo a região, a reportagem encontrou duas pessoas sem a cobertura. Uma delas estava em um ponto de ônibus da Avenida Orozimbo Maia. A outra, pelo calçadão da Rua 13 de Maio.