As mortes por covid-19 na Região Metropolitana de Campinas reduziram 13%, segundo um levantamento realizado pelo Observatório PUC-Campinas, quando comparadas as duas últimas semanas epidemiológicas. Foram 171 óbitos registrados entre os dias 26 de julho e 01 de agosto. Porém, no mesmo período foram 7,5 mil novos casos da doença confirmados na região, o que representa um crescimento de quase 12,5% em relação à semana anterior.
De todo modo, a avaliação geral é positiva e aponta para uma estabilização nos indicadores da pandemia, como afirmou o infectologista e professor da faculdade de medicina da PUC, André Bueno. Sobre a alta dos novos casos, isso deve estar relacionado ao aumento do número de testes executados pelo estado, diminuindo as subnotificações. “Isso pode já ser um início do reflexo dessa tendência de estabilização da epidemia, principalmente no município de Campinas, ainda que tenha tido aumento do número de casos. Vale ressaltar que recentemente houve uma mudança, uma ampliação dos critérios de testagem, das síndromes gripais. O estado de São Paulo passou a testar todas as síndromes gripais, então isso pode ter um impacto nas curvas no sentido de aumentar o registro de casos como um todo”, afirma.
Nesta semana, o governo de São Paulo sinalizou com um provável avanço da região no Plano São Paulo, passando da fase laranja para a amarela. Com o bom desempenho de Campinas nos indicadores da pandemia, é muito provável que a RMC progrida, como explica o infectologista André Bueno. “Em relação a essa possível mudança de fase, dentro do Plano SP, com essa tendência de estabilização, principalmente do município de Campinas, é possível que os dados da região, como um todo, sejam puxados pelo município. E a gente se enquadre nos critérios estabelecidos pelo estado na mudança de fase”, acredita.
Ainda de acordo com a avaliação do observatório, Campinas, que totaliza o maior número de casos e mortes por covid-19 da região, apresentou redução nos dois indicadores na última semana. Com 2,3 mil novos casos e 88 óbitos, as diminuições foram de 15,5% e 8,3% respectivamente no período em análise.
