A Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, administra neste período de pandemia 140 leitos exclusivos de UTI para Covid-19 e agora se prepara para atender os pacientes com sequelas da doença. O numero de UTI administrado é maior que o de várias capitais brasileiras.
Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, que registra os números dos hospitais espalhados pelo país no sistema SUS, revelam que se a Unicamp fosse uma das capitais brasileiras, incluindo o Distrito Federal, ela estaria na 18a posição em um ranking hipotético que listasse as capitais com o maior número de leitos de UTIs existentes para o tratamento da Covid-19.
Os leitos da Unicamp estão distribuídos no HC, Caism e hospitais regional de Piracicaba e municipal Sumaré. Além das UTIs , mais 132 leitos em enfermarias dessas unidades também são administrados pela universidade. A estrutura de atendimento mantém todos os equipamentos necessários, além da equipe de profissionais que inclui médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas entre outros.
O grande desafio segundo o diretor executivo da área da saúde da Unicamp, Manoel Bértolo, é diminuir a transmissão cruzada dentro das unidades e consequentemente garantir a segurança a saúde, não só do paciente, mas também de toda a equipe de profissionais envolvidos. Uma das primeiras medidas foi diminuir os procedimentos eletivos e o transito dentro das unidades. As alas dos hospitais também foram dividas para pacientes com Covid-19 e para não infectados. Um outro grande problema administrado, segundo Manoel Bértolo, é o tempo de permanência do paciente na UTI, que dura em média 15 dias.
A ocupação dos leitos de UTI no Hospital de Clinicas da Unicamp, chegou a registrar 100% de ocupação das 73 unidades. Atualmente o índice está sendo mantido entre 75% e 80%, o que dá uma maior tranquilidade para o tratamento.
De acordo com Manoel Bértolo, as equipes agora estão sendo treinadas para atender os pacientes com sequelas da Covid-19. As principais estão relacionadas aos problemas respiratórios, pulmonares , neurológicos e cardiovasculares.
O diretor executivo da área da saúde da Unicamp, Manoel Bértolo , lembra que a Covid-19 é uma doença nova e o mundo está aprendendo como lidar com ela e suas sequelas. Ele lembra também que dentro da universidade existem várias linhas de pesquisa que vão desde a vacina até acompanhamento dos pacientes.