A região de Campinas não acompanhou a tendência de outras partes do Brasil e do mundo e a qualidade do ar piorou no período da pandemia de covid-19, mesmo com menos veículos circulando e muitas indústrias tendo ficado paradas por meses.
Desde 24 de março, quando começou oficialmente a quarentena no Estado de São Paulo, a Defesa Civil, registrou 147 focos de queimadas somente no município de Campinas. A pesquisadora do Cepagri da Unicamp, Ana Ávila, diz que os incêndios são os maiores causadores dessa poluição.
A pesquisadora explica que o inverno por si só já deixa o tempo mais seco e as queimadas potencializam a piora na qualidade do ar.
Outro fator que contribuiu para que o ar ficasse mais poluído foi a estiagem. Ana Ávila relata um inverno mais seco que a média histórica, que aumenta o efeito nocivo das queimadas para a saúde.
Os poluentes lançados pelas queimadas atingem diretamente o sistema respiratório das pessoas e existem estudos que comprovam que a má qualidade pode agravar quadros da covid-19, que atinge os pulmões dos infectados.
Segundo os pesquisadores do Cepagri, dados obtidos na China, Índia e Itália concluem que a mortalidade pela doença foi maior nas cidades mais poluídas.