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Vacina russa traz questionamentos sobre eficácia

Nesta terça-feira, 11, a Rússia registrou uma vacina contra a covid-19 e se tornou o primeiro país a disponibilizar o imunizante. Porém a falta de transparência no processo de desenvolvimento resultou em questionamentos da comunidade científica em todo mundo. Sem os resultados das fases 1, 2 e 3 dos estudos clínicos, a Organização Mundial de Saúde já adiantou que não vai recomendar o uso da vacina.

No anúncio do registro, o presidente Vladimir Putin garantiu que a vacina é eficiente e segura e disse que sua filha havia recebido uma dose. Sem apresentar qualquer dado científico que justificasse sua fala, cientistas do mundo inteiro questionam a segurança da vacina russa. De acordo com a Infectologista da Unicamp e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologista, Raquel Stucchi, fica claro que os russos não seguiram os protocolos de desenvolvimento da vacina, o que traz muita preocupação. Pelas informações passadas até agora, há o indicativo de que eles teriam até mesmo pulado uma etapa antes de concluir os estudos. “É uma vacina que, não existe a publicação de nenhum dado até o momento, sobre a sua eficácia e sobre a sua segurança. Isso é o que mais preocupa. Ao que parece, eles até pularam uma etapa do desenvolvimento. Eles foram da fase 1 para a fase 3. Isso traz uma enorme preocupação. Veja que as outras vacinas ainda estão na fase 3”, explica.

O governo russo deve começar a vacinar profissionais de saúde a partir de outubro e promete disponibilizar as doses para toda a população, sem custos, a partir de 01 de janeiro de 2021.

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