Pela primeira vez desde o início da pandemia, Campinas fechou a semana sem internações nas UTIs da rede municipal. A cidade também registrou queda no tempo de permanência de pacientes graves com a covid-19. Além disso, recomenda o chamado isolamento pessoal e não mais o social.
Com a taxa de 58% na terapia intensiva nesta sexta, o município tem atualmente oito pessoas há mais de um mês em situação crítica. Com isso, o secretário de Saúde, Carmino de Souza, anunciou a intenção de migrar mais 10 leitos para o atendimento geral e de outras comorbidades e doenças.
“Nós pretendemos fazer isso até outubro. Mas eu quero tranquilizar a comunidade, porque a ocupação de leitos de UTI que não são para covid-19 também caiu. Nós estamos com variação de 74% e 75%. E felizmente, então, a gente já conseguiu administrar essa situação”, justificou ele.
Sobre a mudança do isolamento social para pessoal, o secretário e o prefeito, Jonas Donizette, PSB, lembraram a situação sanitária de países da Europa que enfrentam uma segunda onda de casos como exemplo a não ser seguido para que Campinas não tenha nova alta de infecções.
Na opinião deles, porém, já é possível permitir que netos e filhos visitem avós e pais acima dos 60 anos, desde que sejam evitados abraços e contatos mais próximos. O uso da máscara também é importante. A intenção é tentar retomar a normalidade, mas com todos os cuidados e protocolos.
“O neto vai visitar o avô, por exemplo, é ok. Mas não precisa ficar beijando e abraçando toda hora. Pode ficar no mesmo ambiente, mas manter uma distância adequada e segura. É poder estar junto e matar a saudade com o olhar, mas sempre usando as máscaras e lavando sempre as mãos”, diz.
Questionado se o prazo para a volta às aulas da rede municipal, estipulado para 07 de outubro, pode mudar para novembro, assim como foi definido para as unidades do estado, o prefeito alegou que terá reuniões nos próximos dias sobre o assunto e que a decisão será comunicada até dia 29.
Por fim, também assumiu a responsabilidade pela decisão de não incluir arroz nas cestas básicas oferecidas às famílias em situação de vulnerabilidade. Segundo ele, a medida foi tomada para evitar o aumento de preço total. Agora, promete punir a fornecedora com multa ou outra sanção.