Ainda sem retorno definido, as cooperativas de reciclagem de Campinas seguem fechadas e os trabalhadores continuam passando por dificuldades. São quase 1 mil trabalhadores em atividade no município, ligados ou não às 12 cooperativas que hoje executam a coleta seletiva do lixo produzido na cidade. Nem 50% desse total de trabalhadores conseguiram acesso ao auxílio emergencial do Governo Federal no valor de R$ 600 e apenas 10% foram contemplados pelo Cartão Nutrir, oferecido pela prefeitura, no valor de R$ 90.
Dia após dia, a situação vem se complicando e não há perspectiva de melhora no curto prazo, nem mesmo após a região ter avançado para a fase amarela do Plano São Paulo. Representante da secretaria da mulher catadora de São Paulo, Jéssica Fuchs, disse que a situação é realmente problemática para a categoria, que teve pouca ajuda até agora. “Estamos meio sem rumo, sabe? Não tem data de quando a gente vai voltar, de como a gente vai voltar. A gente não recebeu EPI para voltar, como máscaras e álcool gel. Coisas básicas de limpeza. Não recebemos nada. Recebemos durante um período uma cesta básica, mas as famílias dos trabalhadores são grandes e não dura nenhum mês”, afirma.
A prefeitura de Campinas já se manifestou sobre a possibilidade do retorno das atividades das cooperativas ainda neste mês de setembro. Porém, até agora não foi definida nenhuma data para que isso de fato acontecesse.