A taxa de transmissão do coronavírus em Campinas está próxima da linha de 1 e a curva de novos casos deixou de cair nos últimos dias, o que serve de alerta e indica que o contágio aumentou após o feriado de 7 de setembro. As afirmações são do secretário municipal de Saúde, Carmino de Souza.
Segundo ele, os índices são reflexos das aglomerações registradas principalmente no litoral paulista no início do mês e foram percebidos, por exemplo, nos sistemas de atenção primária e de regulação estadual de leitos e também nas unidades hospitalares que integram a rede municipal Mário Gatti.
“Nesse feriado houve uma aglomeração enorme e nessa semana nós tivemos alertas. Um foi da atenção primária, porque a cuva estava caindo e estabilizou. Tivemos também da regulação, no qual precisamos aumentar os leitos de retaguarda. E na Rede Mário Gatti, houve mais atendimento”, diz.
O responsável pela pasta lembra que o momento é de atenção, mas ressalta que as informações são baseadas nas percepções dos diferentes órgãos e não resultaram ainda em dados estatísticos. Na coletiva on-line, porém, mostrou um gráfico oficial no qual a taxa de contágio permanece em 1.
O resultado, conforme Carmino, significa que cada 100 contaminados transmitem o vírus para outras 100 pessoas. Ele comenta que o número, que chegou em junho a 1,8, por exemplo, está abaixo dos níveis anteriores da epidemia na cidade. Ainda assim, diz estar atento aos dados dos próximos dias.
“A gente vê que a transmissão ficou um longo período acima de 1 até junho e aí ficou oscilando e caiu. Mas hoje estamos exatamente em 1. Ou seja, a gente não sabe se está transmitindo mais ou menos. E a linha é ligeiramente ascendente. E tenho que dar o alerta: vamos tomar cuidado”, opina.
