Por concentrar as mais variadas opções de Comércio, agências bancárias e serviços em geral, o centro de Campinas é muito frequentado pela população. No entanto, para pessoas com mobilidade reduzida, como cadeirantes e idosos, essa tem sido uma tarefa difícil. A dificuldade está na falta de acessibilidade , principalmente a falta de rampas nas faixas de pedestres, em ruas como Ferreira Penteado, Conceição e Boaventura do Amaral, por exemplo.
No acesso a praças do centro também foi constatado o problema. Entre os exemplos, na Av. Dr. Thomaz Alves, o acesso ao Largo das Andorinhas, próximo ao cruzamento com a Av. Anchieta, é quase impossível para quem tem mobilidade reduzida, por causa da altura da calçada e da ausência de trecho rebaixado. Em outro ponto, na Avenida Benjamin Constant, esquina com a Rua Sacramento, o cadeirante João Pires Ferreira precisou da ajuda da filha para subir na calçada.
Mesmo em ruas onde há rampa de acessibilidade, muitas vezes ela se limita a um lado da rua. Em vários cruzamentos da Rua Barreto Leme, por exemplo, o cadeirante que se arrisca a descer a calçada corre o risco de ficar retido no meio da rua, porque não consegue subir a calçada do outro lado. Outro problema é o desnivelamento do asfalto no trecho rebaixado. Isso ocorre em vários pontos da Avenida Anchieta, por exemplo, fazendo com que a cadeira de rodas enrosque no asfalto, impossibilitando o deslocamento, como conta o trabalhador autônomo, Lucas Gonçalves, que é cadeirante.
A Prefeitura de Campinas esclarece que tem incluído acessibilidade em todos os projetos novos da Administração, como a revitalização da Avenida Francisco Glicério, o BRT, Centros de Saúde, praças, entre outros. Alega que em ruas mais antigas e estreitas do centro, o projeto para acessibilidade esbarra em desafios de alargamento na calçada ou pelo fato de vários imóveis nestes locais serem tombados.
Informa que a Emdec realiza estudos técnicos de viabilidade e elabora projetos para implantação de rampas de acessibilidade em função de demandas da Secretaria de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, ou feitas pela população. As solicitações podem ser feitas pelo telefone 156, ou diretamente à Emdec, pelo 3772-1517.