O isolamento social e o home office intensificaram a adoção de mecanismos de entrega e compra de mercadorias em condomínios residenciais no Brasil. Com mais gente dentro de casa na pandemia, várias atividades precisaram de aperfeiçoamento para melhorar e agilizar a logística dos serviços.
Um exemplo é o sistema de notificação de delivery, que consiste nos avisos enviados aos moradores sobre encomendas entregues na portaria, e também a implantação de mercados dentro dos espaços. Neste último caso, a ideia é ofertar produtos de primeira necessidade com a máxima comodidade.
O COO e co-fundador da LAR.app, um aplicativo que facilita ações do tipo para empreendimentos, Leonardo Boz, acredita que a tendência deve seguir em alta mesmo após a crise sanitária, através de geladeiras, armários, ou prateleiras, que evitam a saída do condômino e a entrada do entregador.
“Para que justamente não tenha que existir essa logística enorme de você trazer um entregador, ou um motoboy pra te entregar um detergente, item que você poderia ter ali direto no hall do seu prédio. Então, isso é a resposta logística que teve um pico durante a pandemia de coronavírus”, diz.
Boz, por outro lado, lembra que a adoção dessas medidas de conveniência depende de conectividade e melhorias tecnológicas nos condomínios. Além disso, ressalta a importância da administradora propor uma forma específica de incluir o acréscimo financeiro ao boleto mensal.
No condomínio no qual Fábio Rodacki é síndico, em Campinas, o pedido pela implantação do mini mercado interno foi feito pelos próprios moradores. Ele conta que o custo é absorvido pela própria empresa contratada e que o único valor a ser pago será a conta de energia elétrica usada pela loja.
“A empresa faz a logística, o abastecimento e o reabastecimento. O único custo que o condomínio vai ter seria o de energia elétrica, mas, como um percentual da venda será repassado ao condomínio, esse valor é mais do que suficiente pra cobrir essa despesa com a energia elétrica”, detalha ele.
