A reabertura gradual das atividades no segundo trimestre deste ano nos setores de indústria, comércio e serviços na Região Metropolitana de Campinas ainda não garantiu a recuperação da economia após a paralisação causada pela pandemia da covid-19.
De acordo com dados do Observatório PUC-Campinas, a variação ainda é negativa em até 9% nessas áreas. O economista Paulo Oliveira, coordenador das análises, afirma que o poder de compra das famílias tem afetado a economia, mesmo com a reabertura.
Para o economista, o resultado negativo já era esperado, não só por causa do período de inatividade, mas também pela crise vivida antes da pandemia.
Paulo Oliveira explica que a atividade econômica da região é impactada também por fatores externos, atualmente não favoráveis ao crescimento.
O setor de serviços teve o impacto mais negativo segundo o último levantamento do Observatório, com 9% de queda. No caso da indústria, a retração foi de 8,9%. Já o comércio está com 0,9% do faturamento abaixo do apontado na pesquisa anterior.
Para 2021, a perspectiva é que a recuperação continue lenta, ainda sob efeitos da crise potencializada pela pandemia, principalmente com baixo consumo e desemprego. Apesar disso, a queda do Produto Interno Bruto deve ser de cerca de 5%, abaixo dos cerca de 11% previstos antes de o Governo Federal implementar o Auxílio Emergencial.
