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Estudo alerta sobre situação financeira da RMC

Apenas Campinas atingiu o nível aceitável na lista de sustentabilidade econômica da região metropolitana. A maioria dos municípios está em situação de alerta. Entre as cidades com o panorama ruim ou crítico, estão Engenheiro Coelho, Cosmópolis, Pedreira e Holambra.

A pesquisa foi feita pelo mestrando em Sustentabilidade da PUC-Campinas, Celso Fabrício Correia, e considera como é feito o gerenciamento das finanças e do fluxo de investimentos públicos e privados. Além disso, avalia se há a preservação do meio ambiente e recursos naturais.

O responsável pelo trabalho explica que o levantamento considera 34 indicadores, como emprego, investimentos e distribuição de renda. O objetivo é apontar quais caminhos e soluções devem ser seguidos e tomados por cada gestor, principalmente pelos novos prefeitos que vão tomar posse.

“Basicamente nós temos que analisar e levantar esses dados para que os novos gestores possam usufruir dessa pesquisa e consigam atacar o alvo, otimizando os recursos públicos. Evitando assim o desperdício e indo direto ao problema enfrentado em cada uma dessas localidades”, esclarece.

O estudo em conjunto com outros dois pesquisadores foi publicado como artigo na Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional e não levou em conta os reflexos econômicos gerados pela pandemia, porque usa dados consolidados de anos anteriores. Entre eles, o PIB.

Com base nos resultados, Celso Correia faz outras considerações. Para ele, Campinas, por exemplo, apesar de se enquadrar como “aceitável”, está longe do “ideal”. Além disso, conclui que o dinamismo próprio da RMC não evita que as finanças sejam afetadas pela crise de todo o País.

Mesmo com a riqueza geral, considerando o acumulado de todos municípios, ressalta que há um desequilíbrio na distribuição. Neste caso, lembra também de Paulínia, que lidera o ranking nacional do PIB per capita por sediar a refinaria de petróleo com maior produção da Petrobras.

“Logicamente alguns municípios se destacam com base nesses números observados no estudo. Outros vão ter um papel menos relevante de modo geral. Mas isso tudo é reflexo do País, do dólar, da volatilidade da economia e dos investimentos que não chegam em determinada região”, diz.

No nível considerado “alerta”, estão Paulínia, Indaiatuba e Jaguariúna. Outros municípios da Região Metropolitana de Campinas se situam no intervalo considerado “ruim”, ao passo que algumas economias beiram uma situação “crítica”; São os casos de Morungaba e Monte Mor.

Para a conclusão, não existiu um indicador mais importante que o outro. Com isso, todos os itens avaliados, como níveis de emprego, rendimentos, investimentos privados e distribuição de renda, possuem o mesmo peso. A metodologia criada partiu de uma média aritmética simples.

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