Funcionários da agência do Bradesco que fica no cruzamento das avenidas Francisco Glicério e Moraes Salles, paralisaram suas atividades na manhã desta quinta-feira, em protesto contra as demissões feitas pela instituição financeira em todo o Brasil. Somente na região, foram 46 desligamentos num período de duas semanas. Segundo o sindicato que representa a categoria, o banco desrespeitou um acordo coletivo firmado há alguns meses, onde garantia que não haveria demissão durante a pandemia do novo coronavírus.
No Brasil, foram fechadas 372 agências, que resultaram em 853 demissões apenas no terceiro trimestre de 2020. De acordo com o presidente do sindicato da categoria na região, Lourival Rodrigues, nada justifica a postura adotada pelo Bradesco neste momento em que o trabalhador está tão fragilizado por causa da pandemia. Ele lembra, que na última avaliação, o banco registrou um lucro de mais de R$ 5 bilhões. “Lembrando que o banco publicou um balanço ontem, teve R$ 5 bilhões de lucro no trimestre. Então não é um setor que está com a economia em dificuldade, pelo contrário. E havia um acordo, feito em março deste ano, de que não haveria demissões enquanto durasse a pandemia”, explica.
O protesto na agência central em Campinas aconteceu no período da manhã e as atividades foram retomadas a partir das 11 horas. Não houve nenhum incidente registrado. A direção do Bradesco foi procurada, mas não enviou resposta até o fechamento da reportagem.