Um homem de 32 anos de idade, que atuava como ministro da eucaristia e músico na Basílica Santuário Santo Antônio de Pádua, em Americana, foi preso na última quinta-feira, pela Policia Civil. Ele é acusado de assédio sexual contra crianças e adolescente do sexo masculino que conviviam com ele na igreja.
As investigações começaram a cerca de 15 dias após denuncias de supostas vítimas. O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher de Americana. Além de prisão temporária a Policia apreendeu na casa do suspeito um celular e um computador. Os equipamentos foram encaminhados para perícia.
De acordo com a delegada responsável pela investigação, Regina Castilho, o suspeito foi detido no momento em que chegava na igreja. Ele negou as acusações e demonstrou surpresa com a ordem de prisão.
Nas ruas da cidade a população se mostrou indignada. Para a autônoma, Valdete Duarte, lei tem que ser cumprida. Já para o engenheiro mecânico, Rodrigo Gobbo, o problema chega ser imoral, pois, não é a primeira vez que acontece.
Em nota encaminhada a reportagem, a Secretaria da Segurança Pública do Estado, confirmou que as investigações continuam com a DDM de Americana e o autor permanece preso temporariamente. Vítimas e testemunhas estão sendo ouvidas e os laudos periciais estão em andamento e assim que concluídos serão analisados pela autoridade policial. As diligências seguem em sigilo judicial.
A Diocese de Limeira, responsável pela Basílica, emitiu um comunicado informando que repudia qualquer ato de violência sexual e abuso de menores e vulneráveis por parte de representantes da Igreja católica, sejam padres ou leigos. Informou também que dispõe a colaborar com as autoridades policiais para que as investigações sejam realizadas e se comprovada as acusações, que haja punição estabelecida pela lei brasileira. A nota é assinada pelo Bispo Diocesano de Limeira Dom José Roberto Fortes Palau.
Esta é a segunda vez que a Basílica de Americana é envolvida em escândalo sobre assedio sexual. Em janeiro do ano passado o então reitor da unidade, Padre Leandro Ricardo, foi afastado do cargo após ser acusado de assediar quatro ex-coroinhas entre os anos de 2002 e 2015. O religioso sempre negou os crimes.
A Diocese de Limeira finalizou o caso em janeiro deste ano e enviou o processo ao Vaticano que ainda não emitiu decisão.