Apesar de ser considerada uma opção muito pouco rentável para investimento, a poupança continua sendo a forma preferida dos pequenos investidores. Para se ter uma ideia, em 2019, o volume total de dinheiro guardado pelos brasileiros na poupança chegou a R$ 845 bilhões.
De acordo com o advogado e economista, Alessandro Azzoni, especialista em direito tributário, com a taxa básica de juros (Selic) no menor valor histórico, de 4,25% ao ano, o rendimento da poupança diminuiu ainda mais. A regra estabelece que quando a Selic está abaixo de 8,5% o rendimento da poupança será de 70% da taxa básica mais a TR Taxa Referencial, que está próxima de zero.
Para o economista, a falta de conhecimento e a insegurança do mercado financeiro são os principais motivos para a poupança continuar em alta. Ele lembra que mesmo com a pandemia do novo coronavírus o brasileiro não deixou de investir o seu dinheiro na poupança. Em março o superavit foi de R$30 bilhões, abril R$ 37 bilhões e maio R$ 20 bilhões. Mesmo quem recebeu o auxilio do governo não deixou de poupar.
Para ser mais arrojado é preciso buscar informações, pois, as opções para investir são variadas, e diante do fato é importante conhecer a que a instituição financeira oferece. Uma alternativa interessante, segundo o economista, é manter uma quantia na poupança e diversificar outra parte. Para quem estiver buscando aumentar o rendimento, o novo cenário de juros baixos vai exigir correr mais riscos e colocar parte do dinheiro em renda variável, como é o caso de ações.
Para quem tem foco no futuro e pensa na aposentadoria, reservar uma parte para a previdência complementar é importante como estratégia de diversificação dos investimentos.