Prédio da Cervejaria Colúmbia vai abrigar creche

A prefeitura de Campinas informou que vai construir uma creche no prédio da antiga cervejaria Columbia em Campinas, na Avenida Andrade Neves. O local está em estado de abandono há anos. O imóvel tombado como patrimônio histórico da cidade pertencia à Sanasa desde 2004, quando foi adquirido pela empresa após desapropriação da área pela ex-prefeita Izalene Tiene. A Sanasa tentou vender a antiga cervejaria em 2010 em um leilão, mas não recebeu lances.

A prefeitura iniciou o processo de adequação do projeto para fazer a projeção orçamentária da nova creche e aí sim iniciar a licitação. Serão 360 vagas. Segundo a secretaria de educação, existe hoje um déficit de 147 vagas de creche na região central da cidade. A secretária Solange Pelicer afirma que o local é estratégico para quem trabalha no centro, já que a creche será instalada próxima ao terminal central e também do BRT Campo Grande. “Nós procuramos muitos prédios nesses anos para adequar uma creche, mas prédio no Centro ainda é muito difícil, porque nós temos que ter aquela área externa para as crianças brincarem. Então esse terreno caiu do céu. Porque é difícil um terreno no Centro também. E o que é importante é que esse terreno fica próximo do terminal central e do BRT do Campo Grande”, afirma.

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, admitiu a possibilidade de funcionamento noturno da nova creche, que ajudaria pais e mães que trabalham a noite. “Quem sabe a gente faz até uma coisa que pode ser feita: uma creche noturna. Vou deixar para a Solange pensar sobre isso. Por se tratar da região central, pode ser que comporte”, disse.

O prédio tem 2,6 mil metros quadrados de área e, abandonado, perdeu telhado, foi atingido por um incêndio, serviu de abrigo de moradores de rua e precisou ter as paredes escoradas para não cair. O local foi construído em 1873 para abrigar a Cia MacHardy, primeira fundição de Campinas. Em 1906, começou a funcionar a Fábrica de Cerveja e Gelo Colúmbia. Ela fabricava as cervejas Franciscana, Duquesa, Colúmbia, Negrita e o Guaraná Cristal. Em 1957 foi comprada pela Antarctica, que já estava instalada no edifício ao lado. Em 2004, quando pertencia à AmBev, a Sanasa pagou R$ 750 mil na desapropriação amigável. Na época, o plano era implantar o Museu da Água e instalar no local os serviços carpintaria, as oficinas elétrica e mecânica e serviços, mas o projeto não foi adiante.

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