O Rock “Cabeça” dos Talking Heads

O ano era 1977 e essa data remete ao momento de consolidação do gênero punk rock. Porém um grupo  usou essa mesma data para intitular o seu primeiro disco  conhecido por 77 que  propunha uma sonoridade menos agressiva e  letras digamos assim mais “cabeça ” sobre as relações interpessoais . E com isso surgiu a estética dos Talking Heads.

Nova York na segunda metade dos anos 70 , vivia um momento de efervescência  dentro do  novo  cenário pós-punk com vários grupos  buscando  mais originalidade. Um dos pontos  catalisadores dessa cenário era uma  pequena casa noturna conhecida por CBGB, no qual os Talking Heads fizeram a sua primeira apresentação importante  num  show de abertura para os  Ramones.

Colegas de uma  Escola de Arte e Design, o vocalista e guitarrista  David Byrne decidiu montar um projeto ao lado do Chris Frantz na bateria, e Tina  Weymouth no baixo.  E a sonoridade que trazia  varias experimentações  ganhou o fôlego definitivo com a entrada de Jerry Harrison, na segunda guitarra e teclados.

O  produtor musical   Brian Eno , durante a fase inicial, soube explorar a todas as possibilidades  musicais dos integrantes  da banda  e se tornou uma  espécie de quinto elemento na  construção  da atmosfera dos Talking Heads. Ele auxiliou também David Byrne fã de soul music, sons eletrônicos  e ritmos africanos a organizar suas ideias e moldar  vários  clássicos para o conjunto.

Desde as  primeiras apresentações de David Byrne  já chamava a tenção o seu estilo da cantar um tanto quanto diferente.  Dizia-se que ele tinha um vocal compulsivo e espasmódico . Foi então que ele incorporou  de vez  uma personalidade  de alguém  tendo um ataque convulsivo  em pleno  palco,  um  exemplo é o show Stop Making Sense, que se transformou em documentário em 84.

Durante seus  11 anos de existência e 10 discos lançados  os Talking Heads souberam mesclar musicas experimentais com elementos de funk  e  batidas africanas  com os sucessos radiofônicos. Tudo é claro temperado com a sonoridade New Wave que representava o que existia de mais moderno entre o final dos anos 70 e início dos 80.

Com o fim dos Talking Heads no final dos anos 80 a baixista Tina e seu marido o baterista Chris deram continuidade o trabalho paralelo no Tom Tom Club. Jerry segue como produtor musical e David Byrner entre outros
projetos se dedica a sua gravadora Luaka Bop, que nos anos 90 foi responsável por lançar os discos do cantor Tom Zé no exterior.

O som  do grupo Talking Heads é o destaque desta edição do quadro  Música é Cultura, acompanhe.

 

 

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musicaecultura@cbncampinas.com.br

 

Apresentação

Robson Santos

Produção

Walmir Bortoletto

Edição

Paulo Girardi

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