O numero de casos de Covid-19 em Campinas voltou a registrar aumento e a cidade já contabiliza mais de 40 mil infectados pelo vírus. Entre as razões apontadas estão a flexibilização da economia e o relaxamento nas medidas de prevenção.
Para a médica infectologista da Unicamp, Raquel Succhi, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, a população, não só em Campinas, tem confundido a liberação para a retomada da economia com o liberou geral e com isso tem deixado de lado as medidas de segurança a saúde e promovendo aglomerações.
Para a infectologista as medidas de segurança a saúde como uso de máscaras, higienização das mãos com álcool em gel, higienização de superfícies e manter o distanciamento deverão se estende, com certeza, até o inicio do próximo. Caso contrário a expectativa é de um retrocesso na classificação das medidas adotadas pelo governo.
Na opinião da infectologista, Raquel Succhi, houve uma grande evolução no tratamento dos pacientes internados e nos critérios de internação. Atualmente a chance de uma pessoa internada se recuperar é bem maior que a registrada no pico da pandemia em abril. O que não mudou, segundo ela, são os fatores que facilitam a transmissão, principalmente as aglomerações sociais em locais públicos e privados. Para complicar ainda mais a situação as aglomerações estão sendo promovidas pela população mais jovem que na maioria das vezes não adoece, mas, é transmissora.
De acordo com a infectologista, Campinas chegou a ter 406 leitos específicos para Covid-19, inclusive com hospital de campanha. Atualmente, o numero foi reduzido a 162. Na opinião dela se ocorrer uma nova explosão da doença a cidade não terá leitos suficientes. A infectologista alerta que enquanto não tiver uma vacina disponibilizada as medidas de segurança a saúde devem ser mantidas e seguidas pela população.
