De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, cerca de 30 milhões de eleitores no país são idosos. O número representa 20% do eleitorado. O percentual é o maior desde 1992.
Em Campinas, por exemplo, são mais de 202 mil eleitores acima de 60 anos, o que representa 23,97% do total geral. Em 2016, eram pouco mais de 172 mil eleitores nesta faixa etária, o que representava 20,95% do eleitorado.
Para o cientista político Francis Ricken, professor da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo, apesar de não ser um público homogêneo, os idosos podem mudar o rumo de uma eleição.
Os dados do TSE, mostram ainda que o numero de eleitores com 70 anos ou mais também aumentou, saltando de 11,3 milhões em 2016 para 13,5 milhões, neste ano de 2020.
O aposentado, Luiz Djair Nunes, tem 77 anos e faz parte do grupo em que o voto é facultativo. Apesar de não ser obrigado votar ele faz questão de ir as urnas. Já o também aposentado Valmir Bortolezo, de 81 anos, prefere exercer o direito que tem de não votar, pois, diz não acreditar em promessas de campanha.
Para o cientista político Francis Ricken, o candidato que se atentar a essa camada da população daqui pra frente pode sair em vantagem em relação aos concorrentes, quando criar políticas públicas especificas, pois, o índice de idosos no país é cada vez maior. Na opinião dele, a falta de políticos que defendam a causa dos idosos é indício da falta de politicas públicas voltadas para essa camada da população. Existem leis e discussões sobre o tema, mas raramente algum avanço prático.