Apesar da autorização de retomada das aulas para alunos do ensino fundamental na rede estadual, a prefeitura de Campinas decidiu manter as escolas municipais com ensino remoto até o final do ano.
O Governo do Estado liberou, nesta terça-feira, o retorno das aulas presenciais para alunos do 1º ao 9º ano, mas a reabertura das unidades é facultativa.
Alunos do Ensino Médio e do EJA (Educação de Jovens e Adultos) já puderam retornar ao ensino presencial no dia 7 do mês passado em todo o Estado. Na data, escolas particulares também puderam receber alunos de todas as séries, do ensino infantil ao médio, respeitando os protocolos de saúde e com capacidade reduzida.
No caso das escolas estaduais de Campinas, foram retomadas apenas atividades complementares, reforço escolar e acolhimento de alunos que não têm acesso ao ensino remoto. Das 97 unidades estaduais instaladas na cidade, apenas 22 retomaram essas atividades em outubro, ainda mantendo aulas a distância.
O Estado iniciou na semana passada a testagem de covid-19 nas unidades de ensino de Campinas, que foi uma das 20 cidades de São Paulo a realizarem a medida. Eram previstos 700 exames em cinco escolas, mas o resultado ainda não foi divulgado.
Na rede particular de Campinas, 300 unidades retomaram as atividades no mês passado. O número representa pouco mais de 80% das instituições.
Através de nota, a APEOESP (Sindicato Professores do Ensino Oficial do Estado de SP), se posicionou contra a retomada e informou que faz o levantamento sobre o total de professores do Estado que voltaram às atividades. O Sindicato afirma que muitos profissionais alegam que não voltarão ao trabalho por falta de teste em massa e pela falta de estrutura nas escolas que, segundo eles, não contam com banheiros suficientes e salas de aula com pouca ventilação, além da falta de funcionários para manutenção da limpeza.
Já o Governo do Estado informou que adquiriu uma série de insumos para estudantes e servidores, com foco na retomada. Entre os itens, estão 12 milhões de máscaras de tecido, 300 mil protetores faciais de acrílico, mais de 10 mil termômetros a laser, 10 mil totens de álcool em gel, 221 mil litros de sabonete líquido, entre outros.
De acordo com o Estado, 77% dos pais preferem não enviar os filhos para as instituições antes da vacina.