A promotora eleitoral de Campinas, Simone Rodrigues Horta Gomes, pediu a cassação da chapa formada por Dário Saadi, do Republicanos, e Wanderley Almeida, do PSB, candidatos a prefeito e vice de Campinas, respectivamente.
A segunda representação do Ministério Público Eleitoral contra a chapa em cerca de 10 dias acontece por condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas e cita o presidente da Cohab Campinas, Vinicius Issa Lima Riverete.
Conforme a promotora, ele utilizou o e-mail institucional da empresa de economia mista no dia 06 de novembro para convocar funcionários e outras pessoas para um evento eleitoral patrocinado pela coligação quatro dias depois.
No documento , a promotora argumenta que o uso da administração pública em proveito de uma candidatura configura abuso de poder econômico e representa “a compra, direta ou indiretamente, da liberdade de escolha dos eleitores”.
O texto ainda diz que a utilização do e-mail do presidente da Companhia de Habitação Popular causa a impressão que a própria Administração Pública está vinculada ao candidato, “ferindo diretamente o princípio da impessoalidade”.
A assessoria de imprensa da coligação foi procurada e informou que “não há qualquer relação jurídica da campanha da coligação ‘Prontos pra Campinas’ para com os atos das entidades da administração direta e indireta”.
Além disso, argumentou que “esse pretenso evento nunca constou da agenda do candidato”. Por fim, diz que “Dário não é responsável pelos atos administrativos das empresas estatais, especialmente realizados a sua revelia”.
