Uma pessoa foi presa em Jaguariúna numa operação policial deflagrada na manhã desta terça-feira, que desarticulou uma organização criminosa com dimensão interestadual e internacional, que movimentou mais de R$ 800 milhões. A função do grupo era de operacionalizar o esquema de lavagem de dinheiro para outras organizações criminosas e estava sendo investigado há dois anos pela Polícia Civil do Espírito Santo.
A célula da organização criminosa era composta por dois grandes empresários do Espírito Santo, mas contava com diversos outros membros, que, em alguns casos, tinham ligação com empresas e pessoas denunciadas na Operação Lava Jato. De acordo com o Delegado José Henrique Ventura, diretor do Deinter 2, a operação contou com o apoio do Deic de Campinas para o cumprimento do mandado em Jaguariúna.
O esquema era realizado por meio de empresas de fachada, criadas por identidades falsas expedidas pelo Setor de Identificação da própria Polícia Civil do Espírito Santo, se aproveitando da atual precariedade na emissão de identidades civis no Estado. Os beneficiários da lavagem tinham os valores remetidos para contas de empresas na China e Estados Unidos. Ao todo, participam 118 agentes, além dos policiais civis, participaram promotores de Justiça e agentes do Gaeco do Espírito Santo e de São Paulo.
Ao todo, os mandados foram cumpridos em quatro estados: Espírito Santo, Alagoas, Ceará e Alagoas, sendo 18 de prisão preventiva, 5 de prisão temporária, 30 de busca e apreensão, 23 mandados de sequestros de embarcações, 43 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias e 2 ordens judiciais de suspensão de atividades econômicas. Entre as ordens de busca e apreensão, estão 12 imóveis, três veículos de luxo (Porsche Panamera, Maserati e Mercedes Benz), 12 motos aquáticas e 11 embarcações.