Um estudo realizado pela Unicamp em parceria com Fiocruz e UFMG, a Universidade Federal de Minas Gerais aponta as consequencias da pandemia da Covid-19 na saúde física e mental dos adolescentes em todo o país.
A pesquisa recém divulgada, ocorreu de forma virtual no período de 27 de junho a 17 de setembro e envolveu um universo de 9.970 adolescentes de 12 a 17 anos. O estudo mostra que 3,9% tiveram diagnostico da doença. A maioria, ou seja 71,5%, aderiu as medidas de restrição social. Do total da amostra 30% demonstrou que viu a saúde piorar na pandemia.
A dona de casa, Letícia Luz Batista, é mãe de uma adolescente e de uma menina de seis anos. Segundo ela a pandemia afetou não saúde das filhas, mas, a da família como um todo.
O depoimento da dona de casa, reflete os resultados da pesquisa. De acordo com a professora da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Marilisa Barros, a pandemia interferiu de forma significativa no estado emocional dos adolescentes brasileiros.
Os dados da pesquisa Convid Adolescentes – Pesquisa de Comportamentos, apontou também que grande parte apresentou piora no sono, na alimentação, no humor e aprendizado durante a pandemia. O percentual de adolescentes que relataram piora na qualidade do sono foi de 36,0%, sendo que 23,9% começaram a ter problemas e 12,1% relataram que já tinham e que eles aumentaram. Grande parte dos adolescente relataram também dificuldades no aprendizado remoto.
Outros 37% dos adolescentes que responderam as questões afirmaram não ter encontrado problemas no aprendizado durante a pandemia. O que chamou a atenção também, segundo a professora da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Marilisa Barros, foi o sedentarismo, pois mais de 40% relataram não praticar nenhuma atividade física. Já os que praticavam pelo 60 minutos de atividades por semana ficou a 15,7%.
Durante a pandemia, mais de 60% dos adolescentes relataram ficar por mais de 4 horas em frente às telas de computador, tablet ou celular.