Durante coletiva online desta sexta-feira, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, anunciou um decreto que visa evitar aglomeração nas chamadas “baladas”, prática que tem aumentado muito ao longo das últimas semanas. O decreto, que passa a valer a partir desta segunda-feira, prevê a lacração do estabelecimento que permitir a aglomeração. Jonas explica que não haverá multa, mas o fechamento por três meses.
Sobre o Pancadão, que dificulta a aplicação do decreto por ocorrer de forma clandestina, Jonas afirmou que a Guarda Municipal tem agido para coibir essa prática, utilizando inclusive o serviço de inteligência. Foi explicado que o pancadão se configura como crime mesmo num cenário sem pandemia e ocorre num ambiente complicado para a ação da força de segurança. No entanto, a Guarda Municipal está treinada para atuar neste tipo de situação.
A decisão pelo decreto foi motivada também por causa da curva de transmissão da doença, que demonstra que 85% dos casos sintomáticos estão em pessoas com menos de 60 anos, sendo que a faixa etária de 20 a 39 é a mais expressiva. Eles manifestam baixa gravidade na grande maioria dos casos, mas acabam transmitindo para os grupos de risco, como o secretário de saúde, Carmino de Souza, demonstrou num gráfico durante a coletiva.
Foi anunciado ainda que o Ministério da Saúde vai liberar R$ 3 bilhões para o enfrentamento da covid-19, sendo que Campinas deverá receber uma fatia de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões, o que deverá contribuir para a habilitação de leitos, trazendo maist ranquilidade aos futuros gestores da cidade. Campinas passa também a contar com mais 11 leitos no Hospital Mario Gatti. além dos 28 já abertos na UPA Carlos Lourenço, onde já tem 4 pessoas internadas em tratamento da covid-19.
O plano de contingência elaborado pela Prefeitura prevê ainda para o próximo ano, se necessário, a instalação de leitos covid no primeiro andar da UPA Anchieta, além da utilização, se for preciso, da recepção do Hospital Ouro verde. Numa terceira opção, está prevista a utilização da UTI cirúrgica ambulatorial do Hospital Ouro Verde e só numa 4ª opção haverá a reativação do Hospital de Campanha, que continua montado na sede dos Patrulheiros.