A regressão de todo o estado para a fase amarela do Plano São Paulo de retomada econômica, causou espanto e revolta em donos de bares e restaurantes. O setor foi um dos mais prejudicados durante a pandemia, com o fechamento das portas e a fuga de clientes. Além disso, vários estabelecimentos não conseguiram suportar a crise e foram à falência, resultando num número grande de trabalhadores demitidos.
Com o avanço de algumas regiões para a fase verde, entre elas, Campinas, o movimento começou aumentar e pouco a pouco os empresários começavam a recuperar o prejuízo. A expectativa era alta para o fim do ano, com as tradicionais confraternizações. Mas o anúncio feito pelo governador João Doria na última segunda-feira jogou um balde de água fria nos empresários do setor em Campinas.
Jacilnei Serafim, do restaurante Santa Gertrudes, esperava ter um alívio econômico no final de ano, mas a regressão de fase frustrou os seus planos. “Agora que você ia dar uma retomada na economia, nas suas contas, aí ele (governador) vem e muda? Justo em dezembro, que é o mês de confraternização das empresas. É inaceitável”, disse. Wagner Bordin, que administra a rede Giovanetti, compartilha a opinião do colega e disse que sempre trabalhou com um público menor do que o limite estabelecido pelo Plano São Paulo. Agora, ele acredita que as coisas vão piorar ainda mais. “A gente já estava trabalhando com 50% só de ocupação. A gente não consegue atingir os 60%, por causa do distanciamento das mesas e do número de cadeiras. Você nunca tem quatro pessoas numa mesa. Sempre tem duas ou três. Então você trabalha na casa dos 50%. Com a regressão, você tem que trabalhar com 40%, mas vai ter 30% ou 35% na casa”, explica.
Segundo informou o estado, a próxima reclassificação do Plano São Paulo será feita apenas no dia 04 de janeiro do ano que vem.