A presidente da Câmara Técnica de Odontologia Hospitalar do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, Denise Abranches, foi a primeira voluntária de fora do Reino Unido a receber uma dose da vacina de Oxford, ainda em fase de desenvolvimento. Ela faz parte do grupo de estudos e se submeteu ao teste para ajudar na solução dos problemas trazidos pela pandemia.
O início da vacinação da população em países como a Inglaterra e Estados Unidos trouxe a ela uma forte carga emocional. Ainda que não seja o mesmo imunizante testado pela voluntária, a sensação é de que o mundo se uniu em busca de uma vacina segura e os resultados começaram a aparecer. As doses que foram aprovadas emergencialmente pelas agências reguladoras dos países envolvidos foram desenvolvidas pela empresa Pfizer.
As imagens de Margaret Keenan, de 90 anos, recebendo a primeira vacina aplicada no Reino Unido comoveu Denise Abranches. Segundo ela, todo esforço feito até aqui valeu a pena. “Foi muito emocionante. Eu lembro que cheguei aqui no hospital, tinha uma TV ligada, e a imagem icônica daquela senhora tomando a vacina. Eu fiquei muito emocionada, porque o esforço que temos feito, agora, nesse momento (pausa). Poderia ser a minha mãe, poderia ser a sua mãe, as mães que estão vindo, as pessoas de idade. Portanto é um gesto de amor”, revelou.
No Brasil, ainda não há previsão do início da vacinação contra a covid-19, já que não há aprovação da Anvisa de nenhuma das vacinas em estudo. Porém, o governador de São Paulo, João Doria, garantiu que no estado, a imunização começará no dia 25 de janeiro, com o uso da vacina chinesa CoronaVac, que ainda não foi aprovada.
