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Alíquota de 13,3% sobre diesel e etanol preocupa

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região, o Recap, teme o aumento em cascata dos custos a partir do aumento da alíquota sobre o diesel e o etanol. A alteração de 12% para 13,3% do ICMS deve acontecer nos próximos dias e deve afetar indústria, comércio e serviços.
Foto: Arquivo CBN

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região teme o aumento em cascata dos custos a partir da mudança da alíquota sobre o diesel e o etanol. A alteração de 12% para 13,3% do ICMS deve acontecer nos próximos dias e deve afetar indústria, comércio e serviços.

A expectativa preocupa o presidente da entidade que representa os postos de combustíveis, Flávio Campos, que se diz perplexo com a decisão e vê na medida uma chance de agravamento da crise social e econômica causada pela pandemia. Ele também prevê reflexos negativos no próprio setor.

“Isso com certeza vai trazer reflexos na economia, causar aumento de preços e reflexos em outros produtos. E pra nós também é muito ruim, porque você tem diminuição de venda né? E a gente já teve o aumento de custo do petróleo e da Petrobras. Então, vai ser mais um aumento pra nós”, diz.

Nas ruas, a preocupação também é grande, mas divide espaço com a indignação. Muitos motoristas dizem ter desistido de acompanhar os preços que pagam nas bombas. Mara Trindade diz, inclusive, que não confia em locais com preços muito baixos. Já Luiz Galvão se irrita ao comentar o assunto.

“Tenho ido em alguns postos caros, mas tem uns mais baratos. Mas esses não valem a pena, porque eu tenho medo de colocar”, disse a mulher. “Virou uma bagunça muito grande isso aí. A Petrobras coloca o preço que ela quer e a gente tem que engolir. Eu já desisti de acompanhar”, reclama Luiz.

Questionado sobre como vai ficar o preço da gasolina nos próximos dias, o presidente do Recap, Flávio Campos, lembra que a mudança da alíquota só vai afetar o diesel e o etanol. Ainda assim, afirma que o combustível pode sim sofrer reajuste, principalmente por conta do preço do petróleo.

“A gasolina vem sofrendo reajustes por causa do valor do petróleo, que vem subindo. Inclusive, a Arábia Saudita informou que tá cortando a produção, o que foi amplamente divulgado. Então, essa redução de produção deve afetar e causar reflexos nos preços da gasolina também”, explica ele.

No começo do mês, o governador de São Paulo, João Doria, do PSDB, determinou a suspensão das mudanças no ICMS para alimentos e medicamentos genéricos, que vinham provocando protestos em diversos setores e categorias. Para os demais segmentos, no entanto, a mudança não foi revista.

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