O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, pode continuar esperando por soluções em 2021. O novo leilão, antes previsto para o terceiro trimestre deste ano, pode acontecer só em 2022 por conta dos atrasos no processo, segundo previsões do próprio Ministério da Infraestrutura.
No fim de 2020, a União adiou a entrega dos estudos que vão definir a relicitação. Foi a terceira vez que isso aconteceu. Apesar disso, a Aeroportos Brasil, que administra o local, conta com uma medida extrajudicial independente para definir os detalhes de quem vai pagar as indenizações.
O contrato de concessão foi assinado em 2012 com duração de 30 anos e a administradora espera uma saída para o montante referente aos investimentos feitos e que não foram amortizados. Há ainda expectativa sobre o suposto ressarcimento financeiro a ser pago pelo governo federal.
No entendimento da concessionária, a União não cumpriu com regras previstas no acordo assinado há cerca de nove anos e também não deu andamento aos pedidos de reequilíbrios feitos pelo aeroporto desde então, o que teria contribuído para a crise econômica do empreendimento.
A chamada arbitragem, que vai definir os pontos levantados pela Aeroportos Brasil, vai custar R$ 6 bilhões. A relicitação do Aeroporto de Viracopos é a esperança para solucionar a situação que gerou uma dívida de R$ 2,88 bilhões. O complexo é o primeiro do Brasil a devolver a concessão.
