O governo de São Paulo disponibilizou uma verba de R$ 12 milhões para a Rede Mário Gatti ampliar a oferta de leitos de UTI exclusivos para pacientes com covid-19, em Campinas. Nesta sexta-feira, o município contava com uma ocupação acima de 86%, com 33 leitos livres, sendo apenas quatro deles ofertados pelo SUS. Com o recurso, a Rede Mário Gatti deve implantar mais 15 leitos no Hospital Ouro Verde, já na próxima semana. Na rede municipal, são 90 leitos disponíveis, sendo que 87 deles estão ocupados.
O presidente da Rede Mário Gatti, Sílvio Bisogni, disse que o recurso do governo estadual permitirá que Campinas mantenha uma segurança na oferta de leitos do Hospital Ouro Verde até o mês de maio. “Esses R$ 12 milhões, para ficar bem claro, tem o planejamento de uso. Hoje nós temos 142 leitos, sendo 50 de UTI e 92 de enfermaria. Isso daí está com orçamento até para fevereiro. Com os R$ 12 milhões, vamos manter essa quantidade de leitos, mais 15 de UTI, perfazendo 157 leitos até maio. Então esse dinheiro vai servir para nos manter até maio”, disse.
O prefeito de Campinas, Dário Saadi, disse que está atento à taxa de ocupação do município, e que nenhuma hipótese de atendimento à população está descartada, nem mesmo a reativação do hospital de campanha. Porém ele afirma que existem outras possibilidades mais baratas, como a contratação de leitos da rede particular e o uso da AME do Parque Itália no atendimento a pessoas com covid. “Nós temos alternativas de ampliação de leitos, tanto no lado municipal, como esperamos também no lado estadual, que hoje conta com 17 leitos no HC da Unicamp. E há a possibilidade ampliação de leitos na Unicamp e também no AME. Então, não está descartada a ativação do hospital de campanha, mas no nosso ponto de vista, seria o último a ser ativado”, afirmou. A prefeitura informou ainda que vacinou 2.140 profissionais de saúde da rede municipal nesta quinta e sexta-feira.